Omar Rayo

biografia

Jainiaj
acrílica sobre tela
93 x 93 cm
1977

Omar Rayo (Roldadillo, 1928 – Palmira, 2010).

Estudou arte por correspondência na Academia Zier em Buenos Aires. Na década de 40, Se mudou para Bogotá, onde trabalhou como ilustrador para vários jornais e frequentou o Café Automático, um importante centro cultural e boêmio na época. Seu trabalho no início dos anos 50 oscila entre a geometria de suas caricaturas de madeira – em que formas são construídas pela justaposição de pranchas de madeira com representação mimética – e formas orgânicas, árvores antropomórficas colocadas em espaços vazios, influenciados pelo surrealismo de Dalí e Tanguy. Esta última série de desenhos e aquarelas são agrupadas sob o termo “bejuquismo”.

Após uma jornada extensa pela América Latina (1954 – 1958), em que estudou, trabalhou e fez exibições no Ecuador, Peru, Bolívia, Brasil, Uruguai, Argentina e Chile, seu trabalho mudou. Sua viagem resultou na série Vía Sur, que revelou uma tendência para a geometria e a abstração, por meio do diálogo com a estética pré-colombiana e mestres modernos locais, do indigenismo andino para o construtivismo de Torres García, também incluindo Tamayo. Depois de receber uma bolsa da Organização dos Estados Americanos, Rayo se mudou para Cidade do México em 1959 para estudar arte gráfica, onde dominou a técnica do entalhe, que abriu outra vertente importante da sua obra: a gravura.

Em 1961, se mudou para Nova York, onde ficou até 1998. No início da década de 60, suas pinturas apresentam um formalismo geométrico semelhante ao desenvolvido por Manuel Felguérez no México, Eduardo Ramírez Villamizar na Colômbia e artistas americanos do estilo hard-edge. No entanto, entre 1963-1964, seu trabalho se tornou mais pessoal, possivelmente impulsionado por seu uso de papel enquanto trabalha com a técnica do entalhe. Agora, suas representações miméticas de recortes e tiras de papel eram dobradas e entrelaçadas, criando sobras e formas geométricas com variados graus de complexidade. Esse estilo pessoal lhe rendeu o reconhecimento internacional.

Dos anos 60 até sua morte, Rayo realizou inúmeras exposições individuais e coletivas nos Estados Unidos e na América Latina.

Fonte: Art Of The Americas (adaptado)