Qualquer coisa
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56 x 37,5 cm
edição de 45
Adriana Varejão (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1964). Artista visual. Passa parte da infância em Brasília. Ingressa no curso de engenharia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ) em 1981, mas o abandona no ano seguinte. A partir de 1983, estuda nos cursos livres da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro, e aluga ateliê no bairro do Horto com outros estudantes. Viaja para Nova York, em 1985, e tem contato com a pintura do alemão Anselm Kiefer (1945) e do americano Philip Guston (1913-1980). Em 1986, recebe o Prêmio Aquisição do 9º Salão Nacional de Artes Plásticas, promovido pela Fundação Nacional de Artes (Funarte/RJ).
Ao visitar a cidade mineira de Ouro Preto, entra em contato com a arte barroca, que se torna referência para seu trabalho. Em Escrito sobre un Cuerpo, do escritor cubano Severo Sarduy (1937-1993), conhece os ensaios sobre esse movimento artístico. Neste período, aspectos do barroco cubano e da filosofia chinesa passam a influenciar sua pintura. Participa da mostra Brasil Já no Museu Morsbroich, Leverkusen, Alemanha, em 1988. No mesmo ano, realiza sua primeira exposição individual na Galeria Thomas Cohn, Rio de Janeiro, e integra a coletiva U-ABC, no Stedelijk Museum, em Amsterdam, Holanda. Em 1992, passa três meses na China. As experiências da viagem integram a exposição Terra Incógnita na Galeria Luisa Strina, São Paulo. Produz a exposição Proposta para uma Catequese (1993) depois de ler as obras do historiador Sérgio Buarque de Hollanda (1902-1982), do ensaísta Gilberto Freyre (1900-1987) e do crítico literário Alfredo Bosi (1936).
Em 1993, participa da residência artística promovida pelo Instituto Goethe em Maceió. Em seguida, viaja pelo nordeste brasileiro pesquisando sobre arte sacra e artesanato popular, especialmente ex-votos e azulejaria. Integra a mostra Mapping no Museu de Arte moderna (MoMA), em Nova York e, também, a 22ª, 24ª e 30ª edições da Bienal Internacional de São Paulo.
O arquiteto paulista Rodrigo Cerviño Lopez (1972) realiza um projeto para abrigar algumas de suas obras no Centro Inhotim de Arte Contemporânea, em Inhotim, Minas Gerais, em 2008. Possui obras em coleções internacionais de museus, como o Tate Modern, Londres, o Guggenheim, Nova York, e o Tokyo’s Hara Museum.
Fonte: Itaú Cultural